Fake News: Como (tentar) escapar delas

E o Facebook com seu algoritmo maravilhoso de relevância, mais uma vez me surpreende e entrega um artigo de altíssima qualidade! Um estudo da USP que fala quais são os 10 maiores sites de notícias falsas do Brasil.

Este texto é baseado no artigo citado acima, o que me deu um baita trabalho. Pelo simples fato de que, depois que eu o li, tive uma ideia de texto, depois, fui aos comentários e vi um monte de gente alegando que o próprio post de alerta sobre notícias falsas era FALSO! PQP, lá vou eu abrir abas e mais abas, pesquisando, sobre o artigo. Realmente a pesquisa original não está mais disponível. Abaixo as justificativas dos envolvidos no artigo e suas justificativas.

Como não tive acesso ao material original da pesquisa, eu prefiro não comentar sobre seu conteúdo, mas sim sobre como lidar com artigos de natureza duvidosa.

Por isso também não vou colocar o link para o artigo original aqui, se quiser, vá no Google por vontade própria e pesquise pelo nome que eu citei no primeiro parágrafo.

Como qualquer pessoa sensata, entrei li o artigo, e tirei dele o que realmente me interessava e realmente muita coisa faz sentido, pois vivemos em uma época em que temos muita notícia falsa passando pela timeline, não só desta maravilhosa plataforma de rede social, mas também no Whatsapp e outros comunicadores.

O autor do artigo descreve de forma clara como você, leitor pode se cuidar e identificar um artigo ou notícia como falso ou verdadeiro, para daí poder clicar no botão compartilhar com vontade ou simplesmente ignorar, ou até mesmo denunciar seu conteúdo.

Como detectar Fake News (no olho)

Os passos são simples, vou reproduzi-los aqui:

  1. Foram registrados com domínio .com ou .org (sem o .br no final), o que dificulta a identificação de seus responsáveis com a mesma transparência que os domínios registados no Brasil.
  2. Não possuem qualquer página identificando seus administradores, corpo editorial ou jornalistas. Quando existe, a página ‘Quem Somos’ não diz nada que permita identificar as pessoas responsáveis pelo site e seu conteúdo.
  3. As “notícias” não são assinadas.
  4. As “notícias” são cheias de opiniões — cujos autores também não são identificados — e discursos de ódio (haters).
  5. Intensiva publicação de novas “notícias” a cada poucos minutos ou horas.
  6. Possuem nomes parecidos com os de outros sites jornalísticos ou blogs autorais já bastante difundidos.
  7. Seus layouts deliberadamente poluídos e confusos fazem-lhes parecer grandes sites de notícias, o que lhes confere credibilidade para usuários mais leigos.
  8. São repletas de propagandas (ads do Google), o que significa que a cada nova visualização o dono do site recebe alguns centavos (estamos falando de páginas cujos conteúdos são compartilhados dezenas ou centenas de milhares de vezes por dia no Facebook).
  9. (Por minha conta) Bom senso! Tenha bom senso! As vezes as pessoas não querem saber quanto a pobre menina cega arrecadou com os 0,10 centavos pagos pelo Facebook a cada compartilhamento

Além desses 9 passos, de como descobrir a veracidade de um artigo ou texto, existem outras formas de fazer esta avaliação.

Defesas Atuais

O Facebook e Google recentemente lançaram ferramentas que ajudam você a identificar se uma matéria publicada ou compartilhada na sua linha do tempo é suspeita. A imagem abaixo mostra como o Facebook trata um link “suspeito” de conter um artigo “duvidoso” ou em disputa.

O Google utiliza uma rede de validadores para fazer a verificação do conteúdo e em seu site de notícias (news.google.com) se você rolar a tela um pouco para baixo vai ver uma coluna do lado esquerdo chamada “Checagem de fatos” com os últimos textos que foram verificados.

Paladinos da “Verdade na Rede”

“Aim George, mais vosse naum sabe si o sugeito q fais a verificasaum é de confiansa? “  (em bom internetês)

Para isso, jovem da internet moderna, existem pessoas que fazem isto, verificam o conteúdo postado, e seguindo o código de ética abaixo, tentam manter a Rede o mais limpa possível, do lixo das notícias falsas, eles são a Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN) O código de ética deles é composto destas cinco simples régras.

  1. Comprometimento ao “não-partidarismo” e de forma justa
  2. Comprometimento com a transparência das fontes
  3. Comprometimento com a transparência de financiamentos e organizações
  4. Comprometimento com a transparência da metodologia utilizada
  5. Comprometimento com correções honestas e abertas em caso de erros de publicações

A código detalhado, você pode encontrar aqui.

Além do código de ética, no endereço acima, você ainda encontra uma lista de site, incluindo três sites brasileiros, são eles:

https://aosfatos.org/

http://apublica.org/truco/

http://piaui.folha.uol.com.br/lupa/

Uma fonte de validação que eu uso bastante, e não é pelo fato de não estar nesta lista que eu vou parar de usar é o Boatos.org, sempre que tem algo que me cheira a “lorota” eu vou lá e dou uma olhada. É chato ficar verificando todo artigo que chega para mim? É, mas é melhor do que depois receber um link da Polícia da Internet1Como eu chamo carinhosamente as pessoas que ficam fiscalizando tudo que eu posto nas redes sociais, e as vezes eu faço esse papel também, não sou santo, só que eu não saio postando na sua timeline, guardo esse tipo de comentário pra mim mesmo. avisando que você está compartilhando notícia falsa. Antes de mais nada, pesquise, use o Google para buscar os autores do texto, ou as pessoas afetadas.

Conclusão

Para finalizar, três dicas de ouro do seu amigo

  1. Se você não é jornalista nem profissional da área, não precisa dar furo de reportagem a qualquer custo
  2. Todo jornalista, antes mesmo de dar um furo de notícia, sabe que precisa validar a informação com sua fonte (pelo menos os jornalistas sérios)
  3. E o mais importante, cuidado com a informação que você compartilha, você não vai querer ser rotulado como o Reclamão do Facebook né?

Gostou das dicas? Comente e compartilhe este texto com aquele seu amigo que vive mandando notícia falsa, ou para usar o termo da moda, Fake News, no Facebook e Whatsapp, manda este link lá para ele, e avise que é 100% verdade!

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